
O programa tem uma vers?o gratuita e outra que custa US$ 2,99 (aproximadamente R$ 4,7) por m?s
Foto: Ernesto Carri?o/O Dia
'Oi, vamos transar?' Parece exagero, mas ? esse o ?nico di?logo ao vivo tra?ado pelos adeptos de um aplicativo de smartphone que virou febre no mundo gay carioca. Estamos falando do Grindr, conhecido como "GPSexo". ? s? baixar o programa, botar uma foto (geralmente do peitoral ou do abd?men) e ativar o GPS. Na mesma hora, o Grindr indica onde est? o parceiro em potencial mais pr?ximo.
Por enquanto o aplicativo s? existe com o foco no mundo gay, mas h? algumas semanas a empresa respons?vel pelo produto - conhecida como Project Amicus - anunciou que vai lan?ar ainda neste inverno a vers?o para heterossexuais. Os h?teros interessados j? podem se cadastrar na lista de convidados em www.projectamicus.com. No Brasil, 14.044 pessoas j? usam o Grindr no iPhone, iPad, iPod ou Blackberry.
"No perfil, a gente j? conta mais ou menos o que curte na cama. Quando voc? v? algu?m interessante perto, manda uma mensagem e geralmente a pessoa responde com foto dos ?rg?os genitais e do rosto para voc? conferir se est? do seu gosto. A? voc? marca um ponto de encontro, por exemplo, na casa de um dos dois. Quando chega, n?o tem nem conversa. ? 'oi, vamos l??' se gostou do que viu, ou ent?o 'foi bom te conhecer, a gente marca algo depois', se voc? se decepcionou", detalha o usu?rio 'Cat carioca', de 27 anos.
O produtor j? saiu com mais de 10 homens que conheceu no programa. Inclusive namorou um casal gay que conheceu online. "Nas festas ? uma loucura! Todo mundo com o seu celular na m?o de olho nos arredores. Muito gay usa, mas n?o fala abertamente sobre o assunto porque sabe que pode pegar mal", admite 'Cat'.
O programa tem duas vers?es: uma gratuita e outra que custa US$ 2,99 (aproximadamente R$ 4,7) por m?s e permite a visualiza??o de mais usu?rios. Na vers?o comum, ao fazer o login (informando idade, altura e peso), surgem na tela 20 fotos de homens pr?ximos.
"? um aplicativo para transar. Quando algu?m come?a a conversar demais, o outro responde 'Isso n?o ? Facebook, n?o'. S? d? para falar com uma pessoa de cada vez. Se voc? gosta de algu?m, coloca uma estrelinha nele e ela sempre aparece na tela principal. Mas vou te contar: com o tempo enjoa. ? muito vazio. N?o traz felicidade uma pega??o t?o f?cil, esgota".
Mulheres querem mais informa??o sobre parceiros
O criador do Grindr, o americano Joel Simkhai, 33, disse ter recebido dezenas de milhares de pedidos de mulheres por uma vers?o heterossexual e voltada para elas, sem tanto foco apenas nas fotos e na proximidade geogr?fica. "A vers?o para h?teros vai dar mais espa?o para informa??es, pois as mulheres precisam conhecer o parceiro melhor antes de pensar em ter qualquer coisa", explica Simkhai.
J? os gays, segundo Joel, s?o interessados em contatos mais ?geis, por isso a localiza??o ? t?o importante: "Os sites de encontros atuais s? chegam ao n?vel de detalhe 'cidade'. E se tiver algu?m interessante do outro lado da rua?".
O foco na localiza??o geogr?fica dos usu?rios ? tend?ncia na maioria das redes sociais. No Facebook e no Twitter, por exemplo, ? comum os usu?rios informarem onde est?o aos seus amigos virtuais. O Grindr segue a moda e sofistica o sistema, s? que com um intuito sexual.
O aplicativo foi lan?ado em mar?o de 2009. Hoje s?o mais de 1,5 milh?o de usu?rios em 180 pa?ses. As cidades onde faz mais sucesso s?o Londres e Nova York. Mas muitos 'gringos' fazem uso do programa quando v?m ao Rio. H? ainda uma vers?o para l?sbicas, chamada Qrushr Girls. Diariamente, 2 mil pessoas se inscrevem no servi?o. No Brasil o uso do aplicativo come?ou a crescer r?pido nos ?ltimos 6 meses.